Muito se fala em gestão “baseada em dados”, em organizações que são “data-driven”, mas há um elemento que, embora seja crucial nessa discussão, normalmente acaba ficando de fora: data literacy (“alfabetização em dados”, em tradução literal).
Essa capacidade é indispensável para uma verdadeira transformação digital, visto que dificilmente haverá especialistas suficientes nas organizações para lidar com todas as demandas que envolvem dados.
De modo geral, quanto mais colaboradores tiverem pelo menos um entendimento básico de data analytics, melhor, pois o volume de dados com os quais as organizações precisam lidar cresce a cada dia.
A importância e os desafios da data literacy
Na maior parte dos mercados, a abordagem data-driven já não é um diferencial: é uma questão de sobrevivência. Sem ela, é praticamente impossível antecipar (e se adaptar a) mudanças nas demandas do consumidor, inovar de maneira eficiente e contínua e se manter competitivo.
Antes de promover a data literacy em suas equipes, porém, uma organização precisa responder à seguinte pergunta: qual o nível de familiaridade que seus funcionários têm com dados? Há ferramentas online que podem ajudar a realizar esse diagnóstico, sendo a Data Literacy Project uma das mais proeminentes.
Outro ponto a considerar é que cada função tem seus próprios requisitos de data literacy. Portanto, um treinamento geral seria apenas um ponto de partida: idealmente, a organização contaria também com programas de treinamento baseados nas necessidades típicas de cada função.
Um dos maiores desafios, porém, está em tornar o trabalho com dados parte da cultura organizacional, de modo que não seja exclusividade de um departamento específico, ou algo que só é abordado ocasionalmente em reuniões. Sem isso, dificilmente haverá uma verdadeira transformação, e os resultados dos treinamentos serão, na melhor das hipóteses, temporários.
O universo do data analytics não é apenas amplo, como também está em constante transformação. Sendo assim, o ideal é começar com conceitos estatísticos básicos – como probabilidades, variâncias e viés. A partir deste ponto, fica mais fácil focar no que é crucial para ajudar a organização a prosperar, criando a fundação necessária para uma verdadeira transformação digital.